Jonathan Leite Da Costa

congresso de Psicanálise e Filosofia

3 setembro, 2024


Nos dias 29, 30 e 31 de agosto estive no segundo congresso de psicanálise e filosofia: clínica e cultura, em Curitiba/PR. Dentre os temas e discussões o que mais me chamou a atenção foi - Psicanálise e a ciência ou a ciência da psicanálise?


Luciano Elia, defendeu a ideia de que optar por se referir: psicanálise e ciência, dará a impressão de que são dois campos distintos causando uma possível confusão (grifo meu). Assim, sem sobra de dúvidas é possível dizer - a psicanálise é uma ciência e tem sua própria metodologia.

 

Psicanálise de Crianças

27 agosto, 2024


Françoise Dolto, apresenta a partir desse aforisma que uma criança pode suportar ouvir coisas que seus pais acreditam não poder falar, pois estariam cometendo erros em sua criação, que o dizer poderia afetar seu filho a ponto de prejudica-lo, uma preocupação legitima dos pais. Entretanto, o não dizer não estabelece uma conexão simbólica para criança, isto é, por mais triste, jocoso ou desmoralizante que seja o assunto não permite que a criança possa lidar com a legitimidade dos fatos. 


Para ilustrar tal questão, Dolto se refere a um caso, na qual,  a mãe de um garotinho não queria dizer a ele que sua avó, mãe dela, ganhava a vida e consequentemente a sustentou a partir do trabalho de acompanhante, isto era para a mãe do garoto algo difícil de lidar. Ademais, era muito triste para essa mãe ter ciência de sua própria origem, mesmo que sua mãe tenha sido  bacana e que a sustentou como conseguiu. Desse modo, os fatos poderão se instalar como uma divida, uma falta na criança enquanto tal conflito não se desvencilhar em palavras.    



 

PSICANÁLISE

5 agosto, 2024

A psicanálise é uma ética, um método e praxis orientada pelo discurso do sujeito. O paciente é convocado a associação livre de ideias, na qual, é solicitado que diga tudo que vier à mente, da forma que vier e como vier. Espera-se que o paciente não se censure, mesmo que acredita ser uma tolice o que lhe veio a cabeça. 

O analista enquanto ouve seu paciente/analisante busca ouvir o não dito, o dito de outra maneira, os atos falhos, lapsos, sonhos. Nessas trocas de palavras, esquecimentos de nomes, lugares, dizeres truncados e elaborações oníricas (sonhos) pode ocorrer o desvelamento do recalcado (inconsciente). O recalcado é aquilo que ali está, mas que não pode ser visto, ouvido. Quando levantado, é preciso se haver com a dúvida, o ambíguo o que faz sofrer e dá prazer. O estranho ao próprio sujeito. 



A imagem representa a esfinge que pergunta a Édipo: "decifra-me ou te devoro." Assim, pode ser o sintoma, um questionamento.